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postado por Camila15.12.2016

Recentemente, Melissa concedeu uma entrevista ao jornal New York Post. Confira a tradução abaixo:

É final de tarde de uma segunda quando Melissa Benoist termina as filmagens do dia como a estrela de “Supergirl” da CW. Ela começa seu caminho para sua casa na cidade de Langley, fora de Vancouver, local no qual o seriado foi filmado durante nove meses do ano. Seu marido há quase dois anos, o ator Blake Jenner (24), vem visitá-la, ela conta, mas “é duro estar longe de casa” – e ainda, “está congelando”. Mas ainda assim, ela aguenta. Ela foi criada com o sangue de Colorado.

Benoist, de 28 anos, cresceu em Denver a partir dos dois anos de idade. E apesar de morar em Los Angeles há quatro anos, “eu não sou uma pessoa de oceanos”, ela explica. “Eu gosto de estar cercada de terra. Eu sonho acordada com um rancho nas montanhas de Colorado ou Montana. Eu acho que montanhas são as coisas mais bonitas do mundo.” Descrevendo a si mesma como uma “nerd de teatro musical”, Benoist cresceu com duas irmãs. “Eu sou a irmã do meio malvada, a rainha do drama“, ela diz, rindo. Ela enxerga em sua infância vários traços da adulta que ela se tornou. “Eu poderia ser muito extrovertida, hiperativa e energética, e cheia de imaginação e louca e estranha”, ela conta sobre seus primeiros anos, “mas ao mesmo tempo eu era muito introvertida, e nunca me importei em passar várias horas sozinha, brincando sozinha.” Ela relata sentir-se da mesma maneira hoje em dia: “Eu adoro solidão, não tenho medo disso”. Nesse tempo sozinha, ela cozinha, é uma leitora ávida e coleciona CDs. Quando está em sua casa em LA, ela costuma brincar com seus cachorros e fazer cerâmica com a roda que tem. “Eu adoro sentar numa roda de cerâmica, mesmo que eu acabe estragando cada peça que eu tentar fazer. É um momento de meditação que me dá um sentimento de calma, meio que mantém meus pés no chão.”

Sua infância também a preparou para seu primeiro grande papel, em 2012, como Marley Rose em “Glee” – porque “eu também estava num coral”, Benoist fala de seu papel, o qual passou de seis episódios planejados e durou pela quarta e quinta temporada. “Aquele foi um momento profissional em que eu pensei ‘Wow, isso é o que me sustenta agora,'” ela diz. Foi nas gravações da série que ela também conheceu seu marido, Blake, que interpretou um de seus romances na série; eles casaram numa pequena e secreta cerimônia na primavera de 2015.

Depois de Glee, a carreira de Benoist seguiu em papéis em filmes como “Whiplash”, de 2014 (“Eu nunca tinha lido um script como aquele; digo, tinha páginas inteiras que eram de direção de palco”) e “Danny Collins” em 2015 com Al Pacino (“Eu tinha um papel bem pequeno naquele filme, mas ainda assim todos os atores do filme foram até a casa de Al para ensaiar”). Em seguida, ela fez o teste para “Supergirl”. Muitas vezes. “Foram três meses de testes e precisei pintar o meu cabelo de loiro antes ainda de conseguir o papel!”, ela relata. Benoist diz que não esperava conseguir o papel. “Eu não consigo me ver como durona, tipo kick-ass, badass” ela admite. “Eu sempre fui do tipo pacificadora, e eu sempre fui meio estranha, peculiar e bobona.” Essa pareceu ser a fórmula para conseguir o papel como prima do Superman, Kara Zor-El de Krypton. Represenar Supergirl num universo historicamente masculino deu-lhe uma verdadeira apreciação para a diferença que heroínas fazem. “Kara não tem medo de se machucar e de se sentir confusa, nem triste nem sozinha – Isso que eu costumo ver muito pouco em super-heróis. Acho que é isso que a torna forte,” diz Benoist, “conhecer sua vulnerabilidade. É assim que ela toca tanta gente.”

Este mês, Melissa irá interpretar um papel-chave em “Patriots Day”, a história do Atentado à Maratona de Boston de 2013. Ela é Katherine Russel – esposa e agora viúva do terrorista Tamerlan Tsarnaev – que nasceu cristã mas depois se dedicou à fé muçulmana. E enquanto os colegas de filmagens conheceram seus homólogos da vida real, “não foi opção para mim por conta de todo o envolvimento dela”, ela conta. Mas esse foi o motivo que a deixou tão atraída por uma personagem tão enigmática, pela “forma como muitos americanos ficam confusos pelas escolhas que ela fez, converter-se ao islamismo radical.” No fim das contas, Melissa soube que tinha que ser parte daquilo. “Eu acho que é uma históroa importante agora especialmente para americanos”, ela conta. “É muito relevante o que está acontecendo com nosso país agora”.

Uma das maiores surpresas para a atriz foi o impacto que usar a hijab de sua personagem a causou. – “Na maneira que eu andava, na maneira que eu me conduzia, na maneira em que as pessoas falavam comigo”, ela explica. “Muitas pessoas não me reconheciam quando eu aparecia no set. Com o figurino, eles não sabiam quem eu era, mesmo quando passávamos o dia inteiro juntos”. Ela aprendeu muito ao usar aquele traje tradicional. “Imediatamente sua vaidade some”, ela diz. “Isso foi uma lição valiosa para mim: você coloca uma roupa e se torna um corpo que existe para a sua mente, e não externamente.”

Quando não está num figurino sério, Benoist conta que seu estilo pessoal é mínimo. “Eu sou definitivamente uma pessoa de jeans e camiseta”, ela conta. Seu uniforme atual é uma calça Levi’s 501 de ’70s que ela comprou na Etsy, com uma de suas “muitas T-shirts brancas de James Perse”. Em Los Angeles, ela combina a roupa com tamancos pretos; em Vancouver, com botas de chuva e seu novo sobretudo preto da Sessun. “É o casaco mais bonito que eu já comprei!”, ela diz.

Tanto minimalismo é uma grande mudança para o que Benoist costumava usar depois de se mudar para Nova Iorque aos 18 anos para estudar na Marymount Manhattan College localizada no Upper East Side, quando cores reluzentes e hipsters de Williamsburg estavam na moda. “Eu tinha um par de saltos de boneca que eu usava o tempo todo!”, ela lembra, rindo. Mas essa liberdade era o que ela mais amava naqueles anos. “Eu me encontrei lá”, ela fala sobre a cidade de Nova Iorque, “e todas as vezes em que volto, sinto que sou a melhor parte de mim.” E ela faz questão de cumprir com todos os afazeres de sua lista quando visita a cidade: os cha-siu-baos (pork buns, em inglês) do Momofuku, as trufas de bolos de aniversários da padaria Milk Bar, refeições do Barbuto, e passear pelo West Village pelo local onde costumava ficar o antigo bar de sua faculdade. Nova Iorque, Benoist diz, “é meu lugar favorito no mundo.”
Mas se Benoist em algum momento se interessa por moda, é agora. “Eu acho que roupas para as festas de feriados de fim de ano são tão divertidas,” ela diz, citando lantejoulas e tule que apenas duram por três curtas semanas de dezembro: “não dá para usar o ano todo – por isso são tão especiais”. E assim como Supergirl coloca sua roupa de lutar contra o crime, Benoist está ansiosa para trocar de roupa quando encontrar sua família para o Natal. “Minha família se rebaixa”, ela diz. “Colocamos pijamas e ficamos jogando quebra-cabeças e outros jogos de tabuleiro e fazemos maratonas de filmes. Estou ansiosa.”

Se existe algo que ela quer que continue, é a inspiração que seu papel em “Supergirl” causa em algumas super meninas — “especialmente no momento em que o país vive”, diz Melissa. “Seja qual for a chama que está dentro delas – seja para se tornarem astrofísicas, ou se sairem bem em uma prova de matemática, ou dançar no New York City Ballet — podemos fazer diferenças enormes,” ela diz. “Isso é o que eu quero continuar vendo”.

Confira a seguir o vídeo dos bastidores do photoshoot legendado por nossa equipe:

Fonte: The New York Post
Tradução e Adaptação: Melissa Benoist Brasil

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